Os filtros espectrais em câmeras de sensoriamento remoto são itens críticos e fundamentais para o sucesso da missão. São eles que permitem as câmeras enxergarem somente o que seja requerido e assim, permitir que ocorram análises radiométricas e de resposta espectral de florestas, plantações, águas e atmosfera.

Estes componentes são muito críticos e severamente controlados pelos países detentores da tecnologia. Os filtros originalmente destinados a câmera MUX eram de origem americana, e foram embargados. O INPE passou então a procurar outros fornecedores no mundo, com grande dificuldade. Finalmente em 2009 o INPE teve sucesso com fornecedor europeu, e as câmeras MUX e WFI foram montadas com estas unidades.

Devido a esta dificuldade e grandes prejuízos devidos ao atraso causados no programa MUX e WFI, e tendo ciência que a série de boicotes e embargos ocorridos nos projetos MUX e WFI poderiam ocorrer novamente em outras missões, o INPE fez solicitação para a OPTO em 2007 para o desenvolvimento dos filtros espectrais.

Como o INPE não tinha fundos suficientes, a OPTO solicitou ao FINEP, financiamento para o desenvolvimento destes filtros. O projeto foi solicitado em 2008 e aprovado em 2009, e seu desenvolvimento terminou em 2013.

Os filtros espectrais instalados no modelo EM da câmera AWFI 2010 são resultantes deste projeto.

Os filtros foram qualificados, e portanto são aptos a suportarem os rigores do ambiente espacial como exigidos. Esta capacidade permanece até hoje sendo realizada pela divisão de filmes finos da OPTO Eletrônica AS.

Pelo acordo operacional existente entre a OPTO Eletrônica SA e o Grupo Akaer, a OPTO supre as demandas de várias missões hoje na OPTO S&D. Entre eles os filtros espectrais para a família de cubesat VISIONA VCUB.