A história do míssil MAR fui iniciado em 1998, com a contratação da MECTRON EIC pela FAB para desenvolver míssil antirradiação.

A OPTO foi convidada em seguida para participar deste esforço, já tendo em conta a longa parceria entre as companhias bem como o sucesso da tecnologia empregada na espoleta ativa a laser do PIRANHA.

O contrato foi assinado em outubro de 1998 e o desenvolvimento acompanhou todas as fases e desafios do famoso programa MAR da FAB.

A espoleta ativa do MAR, inteiramente desenvolvida pela OPTO, tinha desenho inédito, baseado na mesma tecnologia empregada na espoleta do PIRANHA, porém com diversos aprimoramentos devido as requisitos decorrentes do emprego deste novo míssil.

Entre elas tinha a especial capacidade de conversar com o computador central do míssil, durante o voo, para mediante certas condições e dados, saber atrasar, adiantar e até mesmo negligenciar falsos alvos , como chamarizes e falsas estruturas, contramedidas propositais evitando a detonação da cabeça de guerra por falsos alvos.

Assim como no MAA-1A o processo de funcionamento foi especialmente desenhado para fugir de componentes críticos que tornassem a fabricação susceptível a embargos e boicotes. A opção por método e conceito de funcionamento diferente dos concorrentes fez com que o projeto empregasse ítens pouco usuais e por decisão de projeto, aqueles normalmente empregados em produtos civis.

Seu funcionamento e método de operação também a tornou indetectável pelos sensores e contramedidas eletrônicas da época, se tornando importante vantagem tática.

Em 2003 a espoleta foi homologada. A espoleta OPTO MAR também foi o primeiro item homologado do programa, demostrando funcionamento e confiabilidade e se provou robusta aos poucos embargos nela ocorridos, permitindo que o processo industrial se consolidasse sem grandes percalços.

Finalmente em 2008 foi fechado contrato de fornecimento para a FAB de lote piloto, e em 2010 também para a Força Aérea do Paquistão.

Ao todo foram construídas cerca de 100 unidades sendo todas integradas pela MECTRON nos mísseis MAR, entre 1998 e 2014.

Com o encerramento das atividades da MECTRON, este programa foi terminado pela FAB em 2016.

Uma versão aprimorada desta espoleta foi desenvolvida para a Avibras , em 2012, para uso em uma variante de exportação da série de mísseis AV-TM. Os protótipos foram aprovados, porem não entrou em produção seriada, e o projeto terminado quando o contrato no exterior não foi assinado, em 2015.