MSS

MSS 1.2 Posto de Tiro e Guiamento Laser

A História do Míssil anti carro MSS-1.2 remonta desde o final da década de 80, quando o CTEX fez um acordo de cooperação com a OTTO MELARA da Italia. O Exercito Brasileiro fechou um contrato de aquisição de um certo numero de unidades, e houve participação de oficiais do CTEx nas etapas finais de qualificação e aceitação do míssil para uso operacional.

Em 1998 a Mectron IEC LTDA foi convidada para participar da nacionalização do programa, e logo em seguida houve o convite para a OPTO se juntar ao time para participar do seu desenvolvimento. No entanto, esta participação somente se efetivou no início de 2000. Na época se notou que o projeto do sistema de guiamento laser necessitava de completa reformulação, e a OPTO finalmente foi contratada para esta tarefa.

A OPTO teve que reformular completamente a tecnologia do sistema de guiamento laser, toda óptica e principais de seu funcionamento devido a inúmeros problemas decorrentes principalmente da obsolescência de diversos itens, fragilidade da arquitetura original quanto a boicotes de itens críticos. Completa reformulação foi feita, e novamente, criada tecnologia inovadora.

O posto de tiro consistia de um sistema óptico visível para o atirador, onde este conseguia mirar e acompanhar o alvo. E ao mesmo tempo, havia um outro sistema óptico, conteúdo sistema zoom que projetava um feixe laser, contendo modulação espacial especialmente desenhada.

Este sofisticado sistema óptico laser permitia que houvesse grande margem de manobra e capacidade de recaptura do guiamento, mesmo se houvesse interrupção temporária, e houvesse grande desvio angular no tensionamento da trajetória do míssil.

Esta modulação permitia que um pequeno receptor colocado na cauda do míssil conseguisse interpretar a posição relativa deste com o centro do feixe. Devido a tecnologia OPTO foi possível criar sistema robusto de processamento de sinais imune a contramedidas e interferências, com grande margem operacional, tanto em ângulo quanto em alcance.

Novamente uma tecnologia robusta quanto a boicotes e entraves foi resultante, tornando o sistema independente de fornecedores críticos no exterior.

Um sofisticado computador central do míssil, completamente redesenhado pela equipe Mectron, conseguia assim acompanhar o feixe laser por grandes distancias, dobrando a capacidade operacional e de alcance do sistema.

Alem do sistema completo do posto de tiro, a OPTO também fornecia o receptor que ia no míssil, seus filtros espectrais, tornando o sistema independente do exterior.

O sistema foi homologado em 2003, e até 2013 foram entregues dezenas de unidades do posto de tiro para o Exercito brasileiro.

Em 2013 também um lote de postos de tiro foram fabricados para o Corpo de Fuzileiros Navais.

O sistema se encontra em uso operacional nestas duas forças.

Com o encerramento das atividades da Mectron IEC , então parte do Grupo Odebrecht, em 2016, este programa foi cancelado.

Mais tarde todo o acervo foi transferido para o CTEx em 2017, e hoje sobrevive com a SIAAT em São José dos Campos.

Unidade de Apontamento e guiamento do míssil MSS 1.2, desenvolvido pela OPTO. Em 2001. A UAG emite um feixe “laser” com informação codificada que orienta o míssil em sua trajetória até o alvo. Fotos dos ensaios ocorridos em Maranbaia em 2003.